quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vem aí o novo navio do Greenpeace!

Rainbow Warrior III, todos a bordo
O Greenpeace se prepara para lançar nos mares a sua mitológica e renovada embarcação de protesto e ativismo. Estamos falando do Rainbow Warrior III, projetado para ser inteiramente sustentável e com baixa emissão de carbono, cujos últimos ajustes no mastro e equipamentos internos estão sendo finalizados. O primeiro contato com o mar aconteceu na última segunda-feira, 4 de julho, em um evento em Bremem, na Alemanha, onde a embarcação está sendo construída.
Ela segue a linhagem dos seus antecessores, Rainbow Warrior I, que afundou em 1985 na Nova Zelândia após ser atacado pelo serviço secreto francês, sendo então substituído pelo Rainbow Warrior II, que ainda hoje navega os mares do mundo lutando conta a matança de baleias, pesca predatória do atum, exploração de combustíveis fósseis, entre outras causas. Saiba mais
Ajude a trazer o Raibow Warrior III para o Brasil
Aguardamos ansiosos a chegada do Rainbow Warrior III. E para que possamos trazê-lo ao Brasil no ano de 2012, contamos com a sua ajuda. No ano que vem, tenha o prazer de conhecer o navio que será parte importante da luta pela proteção ambiental. Faça aqui uma colaboração especial
Conheça os antecessores do novo navio 
Em 10 de julho deste ano completam 25 anos desde que o Raibow Warrior I foi bombardeado pelo serviço secreto francês na Nova Zelândia e levou ao fundo do mar um símbolo da luta ambiental. Foram duas explosões até o toque de “abandonar navio”. O bombardeio encerrou a trajetória do navio que tinha como destino Mururoa, para o protesto contra os testes nucleares franceses. Confira neste vídeoimagens nostálgicas da mitológica embarcação.
Mas o Greenpeace lançou as cores do arco-íris aos mares novamente com o Rainbow Warrior II, comprado em 1987. O navio que já navegou pelos mares brasileiros durante a Eco-92, no Rio de Janeiro, marcando assim a abertura do escritório no Brasil, segue até hoje os passos do seu antecessor enfrentando todo tipo de empreitada, desde ajuda humanitária a pessoas de áreas contaminadas por radiação e ameaçadas por tsunamis, até protestos e ações contra a caça de baleias, o aquecimento global e outros problemas ambientais. Veja aqui imagens ao vivo do navio. Leia mais
Entenda como tudo começou
Em plenos anos 70, um grupo de 12 jovens se reuniu e seguiu rumo as Ilhas Aleutas, no Pacifico, para tentar impedir um teste nuclear conduzido pelos EUA. A idéia? Realizar uma forma pacífica de resistência, que consiste em estar fisicamente presente na cena de um acontecimento ruim como forma de impedi-lo. Os jovens embarcaram em um barco alugado que levava em seu mastro duas bandeiras, uma da ONU, marcando assim o internacionalismo da tripulação e outra com as palavras “green” e “peace”, sugerindo a defesa do meio ambiente e da paz.
Um dos tripulantes passou a viagem lendo um livro que dizia: “Um dia a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos nas correntezas dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Íris.” Surgiu assim o nome “Guerreiro do Arco-Íris” (Rainbow Warrior, em inglês) que seria orgulhosamente pintado no casco do mais famoso navio do Greenpeace e viraria sinônimo de ativismo ambiental. O que eles conseguiram? Foram presos e saíram em todas as manchetes de jornal. O teste nuclear havia sido adiado em mais um mês e seria o último dessa região. Conheça os detalhes dessa história.