terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SP terá sistema de aluguel de bikes com 1ª hora grátis


Serão entre 3 mil e 5 mil bicicletas e as horas adicionais custarão R$ 5; bancos vão disputar patrocínio da proposta

A Prefeitura de São Paulo autorizou a instalação de um sistema de aluguel de bicicletas na cidade e abriu uma disputa entre os dois maiores bancos privados do País. A administração fixou um prazo de 30 dias para que Itaú e Bradesco apresentem suas propostas para colocar entre 3 mil e 5 mil bicicletas nas ruas da capital. O sistema não terá custo algum ao município e a primeira hora de uso será gratuita.



O objetivo dos bancos com o projeto é explorar a publicidade que será colocada nas bicicletas, de maneira a aproveitar mais uma brecha da Lei Cidade Limpa. Na visão das empresas, essa será uma das poucas possibilidades no curto prazo para expor suas marcas pela cidade. A exploração publicitária vai ocorrer da seguinte forma: duas placas de 3 cm cada na parte dianteira da bicicleta e duas placas na parte traseira, de 10 cm cada.



"Não haverá ônus nenhum para a Prefeitura. E as bicicletas vão ter a primeira hora de aluguel gratuita. Depois, serão cobrados R$ 5 por hora adicional", explica a arquiteta Regina Monteiro, presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) da Prefeitura, órgão que aprovou ontem o sistema. Monteiro adianta que o modelo será "quase igual" ao implementado no Rio, onde o Itaú instalou 60 estações por bairros do centro e da zona sul, com 600 bicicletas. Lá, os usuários podem checar pela internet quantas bikes estão disponíveis em cada um dos bicicletários.


A expertise do Bradesco é diferente. O banco, por meio da seguradora Bradesco Seguros, coordena a Ciclofaixa de Lazer de São Paulo desde 2009. Atualmente, são 40 km de percurso interligando parques de São Paulo todo domingo e feriado. "No início, o Bradesco queria fazer o empréstimo só nos fins de semana, na área da Ciclofaixa. Mas agora os dois bancos querem fazer o programa de empréstimo a semana toda, de segunda a segunda", diz Monteiro.



A Prefeitura acredita que vai receber as propostas dos bancos em até 30 dias. "Os bicicletários se tornam parte do mobiliário urbano a partir dessa autorização", declarou a presidente da CPPU. Procurados, nenhum dos bancos quis se pronunciar.






Deixe sua bike segura nas estações da CPTM

Quando a Secretaria dos Transportes Metropolitanos coloca como prioridade a integração dos meios de transporte, de maneira eficiente e com qualidade, é porque entende a necessidade da maioria das pessoas que usam vários meios de locomoção. Mas também leva em consideração as necessidades e costumes individuais. Este é o caso de quem usa, gosta ou tem necessidade de se deslocar por meio de bicicleta. Por isso, a STM decidiu intensificar a implantação de bicicletários nas estações do Metrô e CPTM, que hoje somam 30 unidades. Os terminais de ônibus da EMTU seguem pelo mesmo caminho e quatro locais específicos para guardar as bicicletas já funcionam. Outra iniciativa nesse sentido é o programa que permite o transporte de bicicletas nos trens, aos finais de semana e feriados.




Os bicicletários estimulam os trabalhadores que moram relativamente perto das estações da CPTM a se locomover de bicicleta, deixando o equipamento guardado em segurança até a volta para casa.

No total, são 16  bicicletários, que juntos oferecem 4.807 vagas, distribuídas da seguinte forma:

Linha 7 – Rubi
  • Caieiras (67 vagas)
Linha 8 – Diamante
  • Jandira (48 vagas)
  • Itapevi (480 vagas)
  • Engº. Cardoso - 160 vagas
Linha 9 – Esmeralda
  • Ceasa - 144 vagas
  • Villa-Lobos - Jaguaré - 233 vagas
  • Cidade Universitária - 60 vagas
  • Pinheiros - 13 vagas
  • Vila Olimpia - 94 vagas
  • Autódromo - 261 vagas
  • Jurubatuba - 262 vagas
  • Primavera-Interlagos - 226 vagas
  • Grajaú - 178 vagas
Linha 10 – Turquesa
  • Mauá - 1968 vagas
  • Tamanduateí - 164 vagas
  • Santo André - 334 vagas
Linha 11 – Coral
  • Calmon Viana - 84 vagas
Linha 12 – Safira
  • Comendador Ermelino – 196 vagas
  • Itaim Paulista – 256 vagas
  • Jardim Helena / Vila Mara – 256 vagas
  • Jardim Romano – 240 vagas
  • USP Leste – 270 vagas
Para cadastramento da bicicleta, o ciclista deve:
  • Preencher e assinar a ficha de cadastro de forma legível;
  • Entregar a ficha de cadastro ao segurança do bicicletário;
  • Apresentar a documentação de identificação com foto;
A utilização do bicicletário por ciclistas menores de 12 anos somente será permitida com o acompanhamento de um adulto responsável.

Central de informações: 0800 055 0121


Fontes Estadão e Stm.:









Valets buscam e entregam bikes em SP


Cervejaria, café e grandes eventos oferecem serviço antes exclusivo a cliente \"motorizado\"; ciclistas aderem por conforto e segurança

Se já não é tão simples driblar os carros e andar de bicicleta em São Paulo, estacioná-la nas ruas da cidade é mais um desafio. Nem sempre a técnica de amarrá-la no poste ou em árvore é segura e as opções de bicicletários públicos são escassas. Pensando nisso, alguns bares e restaurantes da cidade não apenas reservam um espacinho para a bicicleta dos clientes como passaram a oferecer um serviço extra: o valet para bikes.

É como se você estivesse chegando de carro: para na porta do bar, desce e entrega a "chave" para o manobrista - no caso, a bicicleta inteira. Ele sobe na bike e vai estacionar para você, não sem antes entregar um papelzinho, que deve ser validado ou pago na saída para recebê-la na hora de ir embora.
É o que acontece na Cervejaria Nacional, bar inaugurado no ano passado em Pinheiros, na zona oeste da capital, onde o serviço foi lançado há poucos meses. Lá, enquanto o motorista paga R$ 15 para deixar o carro no valet, o ciclista paga apenas R$ 5. Por causa do serviço exclusivo, acabou virando "point" de passeios noturnos de ciclistas.

O único problema é controlar a quantidade de chopes ingeridos para poder guiar a bicicleta depois. "Tem de controlar a dose. Duas cervejas, para mim, é o suficiente. A partir daí, fica arriscado", diz o empresário Ricardo Maskalenka, de 37 anos, frequentador do bar. Antes do valet, ele tinha uma só alternativa: amarrava a bike no poste.

A lei seca ainda não pega quem anda de bicicleta após beber, mas, para Maskalenka, nem é necessário. "Bicicleta é outra onda, não tem motor, o motor é o pé. Andamos em velocidade baixa, somos quase pedestres", defende o empresário.

No cafezinho. Grande parte da "clientela ciclista" do Octavio Café, no Itaim-Bibi, zona sul de São Paulo, é de gente que está voltando de parques (o do Ibirapuera ou o do Povo, os mais próximos dali) ou que usa a Ciclofaixa de Lazer da Avenida Brigadeiro Faria Lima aos domingos.
Lá, o serviço de valet para bike também funciona. "Se um motorista pode ter a mordomia do valet, por que o ciclista não? Essa moda deveria pegar em shoppings também", afirma o técnico em Informática Felipe Vieira, de 28 anos.
No Octavio Café, o valet é gratuito para quem consome algo e carimba o tíquete do "estacionamento" na hora de pagar a conta.
Em eventos. De tanto se queixar da falta de infraestrutura quando ia aos lugares da cidade de bike, Eduardo Grigoletto, de 39 anos, transformou o problema em negócio. Ele é um dos sócios da Ciclomídia, empresa que oferece serviço de valet para bikes em grandes eventos, como shows e jogos de futebol. Recentemente, montou a estrutura na Bienal de Arquitetura de São Paulo e em um encontro na Casa das Rosas, na Avenida Paulista.

Grigoletto e a sua equipe não só estacionam a bike alheia como guardam todos os acessórios que o ciclista carrega, como capacete, mochila e luzes de sinalização. "Não precisa ficar carregando na mochila toda a tralha. Você deixa suas coisas, a gente faz um inventário de tudo e dá um tíquete com seu número", explica o empresário.

"Nem precisa se preocupar com o cadeado", garante Grigoletto. Ele conta que o serviço geralmente é gratuito para o usuário final e é pago pela organização do evento ou patrocinadores da festa.

Fonte Estadão:


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Projeto Social Urbano Bicicloteca dá a volta por cima


Seis meses  após a criação do projeto “Bicicloteca”, o Gaucho Robson Mendonça, 60 anos, pretende expandir para outras regiões em São Paulo.

“Foram seis meses de incertezas e muito trabalho”, diz Robson Mendonça, criador do projeto social paulistano “Bicicloteca”, que atende exclusivamente os moradores de rua na área central da cidade de São Paulo, distribuindo livros através da mobilidade ciclística. A ação obteve várias premiações em 2011, dentre elas o de “Literatura Unifor 2011”. Seu próximo passo agora será a expansão do projeto para outras regiões de São Paulo.








A informação é oficial e foi anunciada em 11/02, em solenidade no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo(http://www.mcb.org.br/). O ex agropecuarista e ex morador de rua de São Paulo, idealizador deste projeto, recebeu uma doação de 10 novas bicicletas. Todas doadas por uma empresa de advocacia em São Paulo A Porto Advogados(http://www.porto.adv.br/). Os proprietários optaram por substituir uma festa de comemoração dos 75 anos de atividade, pela doação ao projeto. Agora, segundo Robson, a segunda fase é procurar parcerias com “ONGs”, para adquirir voluntariado na atuação com as Biciclotecas, nas regiões carentes de São Paulo. 








"O que mais desejo agora é procurar “ONGs” sérias para me ajudar a levar o meu projeto a outras áreas de São Paulo. Vamos agora atuar nas periferias", disse Robson. "As pessoas menos capacitadas, principalmente os moradores de rua, precisam da extensão deste projeto".

O projeto ganhou visibilidade e tornou-se famoso graças à colaboração da sociedade. Estiveram presentes no evento, o Presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, o vereador José Police Neto e o Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, como também integrantes da sociedade Paulistana.






A tarde foi aberta com um vídeo apresentando a história de vida de Robson Mendonça e inúmeras matérias da imprensa. Seguiu-se depois com a solenidade de doação das bicicletas e uma seção de fotos.









Fotos e texto Vanderlei Torroni