quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ações diversas em prol do ciclista em regiões distintas no Brasil

Treinamento para motorista caminhoneiros para lidar com ciclistas

Tem coisa boa acontecendo em nosso esporte. Ontem começou um bate papo c
om motoristas de caminhões a fim de promover uma integração entre caminhão e bicicleta.




A empresa de transporte NEPOMUCENO, que transporta cana de açúcar para várias usinas, realiza o treinamento para 150 motoristas que estão envolvidos durante toda a safra. Entre os temas abordados estão: álcool, entre outros assuntos, mas o foco é o respeito ao ciclista.

                                     

Um grupo de 150 caminhoneiros começou a receber ontem (11) um treinamento para lidar com ciclistas que utilizam as principais rodovias na região de Araçatuba. O objetivo é estabelecer parceria entre as partes para o bom fluxo do trânsito, evitando acidentes e desrespeitos. Com o início da safra da cana-de-açúcar, em abril, aumenta o número de caminhões trafegando.


                                         


Os motoristas fazem parte da empresa Expresso Nepomuceno, que realiza a colheita, carregamento, transbordo e transporte da cana-de-açúcar para usinas na região. O treinamento ocorre em Araçatuba e está sendo ministrado pelo ciclista e empresário do ramo de bicicletas Oscar da Silva Filho, que faz parte do grupo Turma do Pedal.

Apesar de não ter notícia de acidentes entre ciclistas e caminhoneiros que transportam a cana na região, Oscar disse que é preciso incentivar o bom relacionamento. Conforme ele, durante a entressafra, novos grupos de ciclistas foram criados, porém, nem todos estão com experiência para lidar com os caminhões.





Fonte Folha da Região

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Ciclista pode poupar R$ 2,7 mil por ano no próprio bolso

Estudo da UFRJ diz que ir de bike ao trabalho custa R$ 0,12 por quilômetro. De carro, chega a R$ 0,76/km



São Paulo. Andar de bicicleta pode representar um bom alívio para o bolso do ciclista. Um estudo da pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2011 mostra que adotar a magrela para ir ao trabalho chega a proporcionar uma economia anual de até R$ 2.700 em relação à manutenção de um automóvel.




Segundo os cálculos da pesquisa, a bike consome cerca de R$ 0,12 por quilômetro, um sexto da despesa referente aos veículos movidos a gasolina, que chega a R$ 0,76. O levantamento considerou o preço de uma bicicleta nova, a aquisição de acessórios, a depreciação e a manutenção do equipamento, com base em trajetos de 20 quilômetros por dia.
                                     

A média anual de gastos com a bicicleta é de cerca de R$ 519, considerando a troca periódica de peças, como freios, correntes e pneus. O custo da pedalada ficou abaixo do uso do carro a gasolina (R$ 3.219 por ano), da moto (R$ 2.029) e do ônibus (R$ 1.367).

Nos últimos dois anos, o administrador e professor Rene Rodrigues Fernandes, de 28 anos, deixou o carro durante a semana na garagem para fazer o trajeto casa-trabalho de bicicleta. "Percebi quanto tempo perdia todos os dias. Eram 40 minutos para chegar no meu destino". Hoje, são 15 minutos. Também houve impacto financeiro. Rene gastava quatro tanques de etanol por mês, ou cerca de R$ 400. Como usa o carro eventualmente, agora não gasta mais do que R$ 130 mensais. "Não me preocupo com lugar para estacionar e nem com a Lei Seca", diz Rene, que gostaria de viver em uma cidade amigável com ciclistas.


Transporte

Políticas de desestímulo ao uso de automóveis foram alguns dos pontos abordados nas discussões sobre mobilidade urbana, em audiência pública realizada ontem, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. A melhoria do transporte público urbano, com prioridade para veículos não poluentes, também foi debatida.


                               

O presidente da organização não governamental Rodas da Paz, Uirá Felipe Lourenço, levantou o problema da violência no trânsito. Ele disse que ocorre "verdadeiro massacre" de ciclistas e motociclistas em grandes cidades. E defendeu a mudança de cultura em relação ao uso da bicicleta, que tem o estigma "de ser transporte para pobre".

Depois de reclamar da falta de planejamento para o transporte no país, o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha, destacou que "só agora, depois de 30 anos, o governo federal começa a investir em transportes, que estão cada vez mais caóticos". Como exemplo, ele citou Brasília, que poderia ser exemplo mas vive problemas crônicos no trânsito e não tem espaços na área central para estacionamento.


                                     

Para Antônio Carlos Penna, do blog Ambiente e Transporte, os automóveis estão ocupando mais espaço nas cidades que as próprias pessoas. Um veículo ocupa cerca de 8 metros quadrados (m²), lembrou. Ele defendeu o uso de vans e microônibus para pequenas distâncias. Para ele, o verdadeiro progresso não é ter mais carros no país, mas o cidadão levar menos tempo para se deslocar cotidianamente.

A professora Maria Rosa Abreu, da Universidade de Brasília (UnB), disse que os governos devem procurar soluções mais saudáveis para a população. Ela citou como exemplo ônibus elétricos, metrôs e políticas de incentivo ao uso da bicicleta. "É preciso ver a questão da saúde e da qualidade de vida", avaliou.


Fonte Jornal Diário do Nordeste




segunda-feira, 9 de abril de 2012

São Paulo vai multar motoristas que não respeitarem ciclistas nas ruas


O Código de Trânsito é de 1997, mas só agora a prefeitura de São Paulo resolveu usar dois artigos para multar o motorista que não respeitar os ciclistas

São Paulo vai multar motoristas que não respeitarem ciclistas nas ruas
O Código de Trânsito é de 1997, mas só agora a prefeitura de São Paulo resolveu usar dois artigos para multar o motorista que não respeitar os ciclistas. Mas são artigos que não tratam diretamente das bicicletas.
O número de bicicletas no meio dos carros só cresce. E o número de acidentes graves com elas, também. Em São Paulo, vai ter multa para quem não respeitar os ciclistas. Os motoristas têm um mês para se adaptar a essa novidade ou vão ser multados. As multas começam no mês que vem, depois do treinamento dos fiscais.




No ano passado, foram quatro mortes de ciclistas por mês na cidade. Por isso, a prefeitura decidiu aplicar agora dois artigos que estão no Código de Trânsito há 15 anos. A decisão já está sendo contestada.

Carros e bicicletas disputam espaço nas ruas. E quem perde são os ciclistas. No ano passado, 49 morreram na cidade de São Paulo. "O ciclista respeita o motorista tão pouco quanto o motorista respeita o ciclista", comenta um motorista. "Eles não respeitam farol, eles não respeitam o lado que têm que andar", diz uma senhora. "Eu também ando de bicicleta. Então, tem que respeitar ambas as partes. Um ajudar o outro e conviver todo mundo junto", aponta um senhor.



Ciclistas também abusam. Um deles avança o sinal. "Eu passei errado. Mas eu olhei e estava tranquilo. Eu sou ciclista, mas acho que eu estou errado", reconhece.
Alguns dizem que os motoristas é que são imprevisíveis. "Muitas vezes, você não sabe o que os carros vão fazer, você não sabe a direção que eles vão tomar, se eles vão virar de repente. Isso é muito perigoso", comenta um ciclista.


O Código de Trânsito é de 1997, mas só agora a prefeitura de São Paulo resolveu usar dois artigos do código para multar o motorista que não respeitar os ciclistas. São artigos que não tratam diretamente das bicicletas.


O Artigo 169 considera infração leve dirigir sem atenção e sem cuidados com a segurança. A multa é de R$ 53. Agora, será multado o motorista que forçar o ciclista a mudar de direção ou frear abruptamente. O Artigo 197 diz que é infração média, com multa de R$ 85, fazer uma conversão brusca. Nesse caso, leva multa o motorista que fechar um ciclista que estiver à sua direita ou à sua esquerda.